PROXECTO EPÍSTOLAS

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15 MENCIóNS A Carlos Drummond (1902-1987)

Poeta, xornalista e político. En 1925 edita La Revista, que tiña como principal obxectivo dar difusión ao "modernismo brasileño".
Epístolas
Mencionado/a [15]
Data Relación Remitente - Destinatario Orixe Destino [ O. ] [ T. ]
Data Relación Remitente - Destinatario Orixe Destino [ O. ] [ T. ]
1955-01-11 Mencionado/a
Carta de Freitas a Seoane. 1955
Bruxelas
Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Freitas a Seoane. 1955 en 11/01/1955


Bruxelas, 11 de janeiro [1]955

Meu caro Seoane:

Há muito tempo que não tenho notícias de voces. Onde, diabos andam! Há dias estive em Paris, vésperas de Natal e fui procurar o Colmeiro. Encontrei a porta do seu atelier fechado, e assim mergulhei na ignorância de notícias dos meus galegos queridos. Mas nós somos pedras duras; e algum dia nos encontraremos por este mundo de Deus. Soube pelo Carybé que andas funcionando muito. Pintando bastante, e o que é melhor, bem. Parabéns. Soube também que o grande Cuadrado aperfeiçoou suas palestras –baratin galico– e tem apezar da idade uma coorte feminina bem avantajada. Ainda bem. Deste bribon de Valera nem é bom falar... Pressinto suas artimanhas célticas. Não tenho coragem de voltar a Buenos Aires, muito embora saiba de antemão que vou encontrar os amigos distantes e queridos –o que é sempre um prazer– mas em contraposição tantas mulheres que amei e ainda amo (sou constante) envelhecidas. É muito para meus pobres e cansados nervos. Isto sem contar o espectáculo que darei como copiosos cabelos brancos, argenté. Mas agora que já fiz esta oportuna introdução vou entrar no assunto. Ah! Amigo, uma carta é sempre um pedido e esta não foge à regra. Terminei uma monografia sobre Cicero Dias e me parece que a coisa está apresentável. A monografia encaixa bem na Colección Mar Dulce, caso ela ainda exista. O material fotográfico é excelente. Escrevia-a para o Serviço de Documentação do Rio. Se houver algum interesse, mande-me dizer que enviarei uma copia completa. Senão, porque preciso tirar alguma coisa de voces, mande-me um exemplar do livro do Carlos Drumond de Andrade, aparecido em Botella al mar.
Continuo trabalhando por aqui ainda uns dois meses, porque pressinto que serei transferido para Londres. Como voce costuma aparecer em Londres, é muito possível que este ano ainda nos encontremos. Lídia manda lembranças para Maruja. Eu também. Recomende-me a todos e mande notícias desta gente tão ingrata, porém tão simpática,

seu

Newton

Newton Freitas
L´Ambassade du Bresil
Avenue Louise, 108
Bruxelles-Belgique.

1978-05-31 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978 en 31/05/1978

Rio de Janeiro, 31 de maio de 1978



Querido Amigo Valentín Paz-Andrade,

Agradeço-lhe ao mesmo tempo a sua carta de 10 de abril de Vigo e o belo cartão de Veneza. Ambos me despertaram fundas saudades por virem de lugares caros a meu coração.
Fiquei satisfeito de saber que recebeu a minha remessa dos livros de Guimarães Rosa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Carlos Drummond de Andrade.
Estou esperando com impaciência o seu livro A Galecidade na obra de Guimarães Rosa. Atendendo a seu pedido, aqui vão os endereços de alguns escritores e críticos merecedores de um exemplar. Mas seria interessante, antes de mais nada, o Amigo remeter um exemplar à Viúva de Guimarães Rosa, D. Aracy (R. Francisco Otaviano, 35, 5º and., Copacabana) e ao nosso comum amigo José Olympio Pereira Filho (R. Marquês de Olinda 12).

Eis a relação pedida:
Rio de Janeiro
Alceu Amoroso Lima, R. Paissandu 200. ap. 701 (Flamengo)
Antônio Houaiss, Av. Epitácio Pessoa 4560, ap. 1302 (Lagoa)
Cyro dos Anjos, R. Domingos Ferreira 242, ap. 302 (Copacabana)
Josué Montello, Av. Atlântica 3018, ap. 902 (Copacabana)
Octavio de Faria, Praia de Botafogo 28, ap. 701 (Botafogo)
Odylo Costa Filho, Av. Rui Barbosa 430, 2º and. (Flamengo)
R. Magalhães Junior, R. Marechal Mascarenhas de Moraes 100, ap. 701 (Cop.)
Gilberto Mendonça Teles, R. Pompeu Loureiero 36, ap. 802 (Copacabana)

São Paulo
Alfredo Bosi 04358, Av. Horácio Lafer 803

Uberaba (MG)
Mário Palmério, Av. Guilherme Ferreira 217

Porto Alegre (RGS)
Guilhermino César, Av. Independência 779, ap. 1501

Respondendo à sua pergunta, informo-o de que ainda não me chegou às mãos o número da revista Grial, que, segundo o Amigo me comunica, tinha publicado a minha palestra.
Para terminar esta carta, vou fazer-lhe mais um pedido.
Lendo aos poucos os volumes da preciosa coleção galega que devo a sua gentileza (no momento estou percorrendo o magnífico Diario de viagem de Castelao), verifico que precisaria de um dicionário galego (unilíngue, ou galego-espanhol ou galego-português). Posso pedir à sua inesgotável gentileza o obséquio de me arranjar um?
Queira aceitar, com meus agradecimentos antecipados, minhas lembranças mais cordiais e apresentar a D. Pilar os meus cumprimentos com um abraço de Nora

[Engadido a man:] Seu fiel amigo

Paulo Rónai

1978-08-13 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978 en 13/08/1978

Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1978


Caro Amigo Valentín Paz-Andrade,

Acabo de receber o exemplar de A Galecidade na Obra de Guimarães Rosa, com a sua generosa dedicatória. Embora conhecesse o trabalho, foi uma nova emoção revê-lo em letra de forma. E é para mim motivo de profunda alegria ter o meu nome ligado a esse marco de Guimarães Rosa em terras galegas. Dou-lhe parabéns simultâneos pela posse na Academia e pela publicação do livro.
Li com interesse e satisfação o belo discurso de recepção do Dr. Alvaro Cunqueiro, que me revelou mais alguns aspectos da sua inesgotável atividade.
Guardarei o volume com afeto, como a lembrança mais valiosa da minha passagem pela Galiza.
Imagino que o Amigo quererá divulgar o trabalho no Brasil. Sugiro-lhe que, juntamente com o exemplar dedicado pessoalmente a José Olympio, remeta certo número de exemplares, no mínimo uma dúzia, a Livraria José Olympio, às mãos de Daniel Pereira, que os distribuirá a pesquisadores, estudiosos e bibliotecas. Por outro lado, queira remeter, para meu endereço, exemplares dedicados a nossos amigos comuns, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Carlos Drummond de Andrade, que entregarei com muito prazer.
Continuo pensando muito no Amigo, em D. Pilar e nos dias inesquecíveis passados em sua companhia –especialmente nessas últimas semanas, ao ler o grande romance da Pardo Bazán, Los pazos de Ulloa. Descobri com certa surpresa muitas analogias, entre a Galiza do fim do século XIX e a Hungria da mesma época.
Quando tiver um instante, dê-me notícias. A política tem-lhe deixado tempo para a advocacia? A advocacia para a literatura? e as três para viver, viajar, descansar?
Eu tenho tentado misturar trabalho e descanso, mas, para dizer a verdade, tenho trabalhado mais que descansado. No momento estou acabando o meu dicionário português-francés e, ao mesmo tempo, estou empenhado na compilação de uma Seleta de Aurélio Buarque de Holanda, semelhante à de Guimarães Rosa. Ultimamente dei conferências em cidades do Estado de São Paulo. Enquanto isto, estamos construindo uma biblioteca em anexo a nossa casinha de Nova Friburgo, para onde nos pretendemos retirar definitivamente em 1979 e onde espero poder recebê-lo em sua próxima volta ao Brasil.
Reiterando os meus agradecimentos, subscrevo-me com o carinho de sempre seu cada vez mais admirador e amigo


Paulo Rónai.

1978-10-08 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978
Rio de Janeiro
Vigo
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1978 en 08/10/1978

Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1978



Querido o Amigo,

Duas linhas apenas para dizer-lhe que recebi em tempo os exemplares destinados a Aurélio e a Carlos Drummond e os entreguei devidamente aos destinatários. Daniel Pereira disse-me que ele também recebera a sua remessa.
Como vão vocês? Espero que tudo lhes esteja correndo bem. Não projetam nenhuma viagem ao Brasil?
Nora e eu estamos algo melancólicos: nossa filha menor, Laura, a flautista, a que vivia conosco, embarca com uma bolsa de estudos para a Universidade de New York e vai passar um ou vários anos longe de nós. De resto vamos indo, Nora trabalhando na Faculdade e eu, mergulhado nas provas do Dicionário português-francés. Aceite um abraço afetuoso e meus respeitos para D. Pilar. Seu


P. Rónai.

1979-07-15 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1979
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1979 en 15/07/1979

Nova Friburgo, 15-7-79


Querido Amigo Valentín Paz-Andrade,

Quando a sua carta de 22 de maio chegou ao Rio, eu estava dando um curso de trinta aulas em Belo Horizonte. Ao voltar, logo fiquei envolvido nos preparativos de minha mudança. Afinal, mudamo-nos para cá no dia 6 deste mês. Na paz destas serras pude enfim ler Cen chaves de sombra e agora posso responder à sua carinhosa carta.
Fiquei tristíssimo ao saber da morte do prefaciador e do ilustrador do seu livro. Lembro-me de ter visto quadros de Luís Seoane na Galicia. Quanto o Lorenzo Varela, o seu «Limiar» e o seu «Homenaxe Cativo» dão uma idéia de seu alto valor. Dou-lhe pêsames sentidos pela morte desses dois amigos fraternos.
O seu livro interessou-me prodigiosamente. Nele há de tudo: lirismo e épica, reminiscências poéticas de autobiografia e historia nacional, balada popular e poesia culta, meditação e balanço. Por meio dele, pode-se reconstruir o que foi a sua existência durante tantos anos trágicos. A mim também aquelas datas dizem muito. Na longínqua Hungria nós também sofríamos com as notícias terríveis que de 1936 em diante nos chegavam da Espanha. Já prevíamos naquele um ensaio do futuro que o nazismo nos preparava; e efetivamente, já em 1940 eu me encontrava num campo de concentração, de onde no ano seguinte partiria para o exílio. Sofríamos com a Espanha e a Galicia, embora quase nada soubéssemos a respeito delas. Agora que as conheço, que lhes entendo a língua e a mensagem, que nelas conto amigos queridos, que basta fechar os olhos para rever-lhes as paisagens –agora é que posso sentir retrospectivamente tudo o horror daquela época.
A sua poesia tem unha vibração particular: mesmo quando alude aos acontecimentos da sua própria vida, sente-se que você fala em nome de uma coletividade; e respira-se em toda ela uma dramaticidade profunda, aguçada pela íntima inspiração folclórica. Dou-lhe parabéns pela sua força, pelo seu dom de comunicação e por ter captado de maneira tão sensível o «genius loci». E felicito-o por não ter abandonado a poesia no meio das vicissitudes de uma vida tão ativa e por servir-se dela para exaltar a memória dos amigos mortos. O seu volume é uma obra de arte e um monumento: para mim completa a imagem que guardara da Galicia no fundo do coração.
No começo desta carta falei-lhe da minha estada em Minas Gerais. Aproveitei um fim de semana para dar um passeio a Cordisburgo, cidade natal do nosso inesquecível Guimarães Rosa. É um lugarejo minúsculo, de ar puro e rara beleza. Pensei em você na casa em que ele nascera e que hoje é museu.
Soube com prazer da excelente repercussão do seu livro sobre A galecidade na obra de G.R. em Cuba sob a pena do escritor Helio Dutra Domínguez. Ele tem razão ao indicar-lhe o acadêmico Antônio Houaiss como pessoa capaz de apreciar o seu ensaio (e, acrescento, a sua poesia também). O endereço de Antônio Houaiss é Avenida Epitácio Pessoa 4560, ap. 1302, Rio de Janeiro, 22471.
Como lhe disse, depois de passar 72 anos em capitais, acabamos de nos mudar a unha casa na serra (onde espero poder acolhe-lo um dia em companhia de D. Pilar). A mudança é grande demais. Por enquanto estamos organizando uma rotina para a nova vida e arrumando a biblioteca (O volume de Adovaldo Fernandes Sampaio deve encontrar-se em algum lugar entre os dez mil volumes ainda empacotados, logo que o encontre. Vou remetê-lo para o seu endereço) Espero poder dedicar o tempo que me resta à leitura e ao estudo.
Na verdade, mudamo-nos antes do que esperávamos. Nora só vai ausentar-se em setembro, mas prefere descer daqui uma vez por semana a permanecer no Rio. Neste momento, aproveitando-se das férias, estão conosco minha filha Laura, que estuda música na Universidade de Nova Yorque e a outra filha Cora, jornalista em Brasília, que trouxe consigo o marido, e os dois filhos. Procuramos aproveitar ao máximo esta rara oportunidade de ter a família reunida.
Drummond acaba de passar uma temporada na Argentina, o que me impedia de entregar-lhe em mão o seu livro de versos: mais deixei-o na casa dele com um bilhete.
Com meus respeitos a D. Pilar, aceite, caro Amigo, um abraço afetuoso de seu fiel


Paulo


PS. Nora manda-lhes saudações cordiais.

1980-08-16 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1980
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1980 en 16/08/1980

Sítio Pois é, 16 de agosto de 1980


Caro Amigo Valentín Paz-Andrade,

Recebi a sua carta amiga de 21 de julho juntamente com Encrucilladas de Neira Vilas, e, também o lindo cartão datado de 10 de agosto de Trondheim. Muito obrigado por ter pensado em mim durante a sua breve passagem por esse lugar crucial da história européia.
Dou-lhe parabéns por ter afinal acabado de instalar a sua biblioteca não jurídica e grande parte da sua coleção de quadros na casa de Pousa Nova do Mar. Conheço a inquietude provocada por uma mudança demorada e o alívio que se sente quando finalmente se fixou os seus penates. Desejo-lhe saúde e felicidade na nova residência.
Uma grata notícia é a que me dá da sua biografia de Castelao. Graças à sua gentileza posso fazer uma idéia do valor desse grande galego como pintor e como ilustrador, pois li o seu Diário 1921, além do que o seu Pranto Matricial inspirou-me a vontade de conhecê-lo de mais perto ainda. Escrever essa biografia era para o Senhor uma obrigação fraterna. Faço votos para que as pesquisas projetadas o tragam quanto antes a Buenos Aires, pois assim poderemos tê-lo entre nós. (De qualquer maneira tome nota desde já do nosso número de telefone: 0245-22-4134, Nova Friburgo.) Tem razão de querer conhecer ao mesmo tempo a Bahia, que mesmo dentro do Brasil é um fenômeno único de cor, de sabor e de atmosfera. Deverei passar por lá em poucos dias, pois depois de amanhã embarco para Maceió, a capital de Alagoas, onde deverei pronunciar o discurso de saudação por ocasião do 70º aniversário de Aurélio. Na volta provavelmente pararemos em Salvador.
Os contos de Neira Vilas são concisos, poderosos e fortes –mas ainda não sei se será possível incluirmos em Mar de Histórias autores contemporâneos. Para esse fim preferiríamos contos galegos (de um ou dois autores) do fim do século passado e do começo deste. Da mesma forma um ou dois catalães, mas esses deveriam vir traduzidos em castelhano ou em português. Vou mandar-lhe dentro em pouco os vols. II a IV de Mar de Histórias para que tenha idéia mais nítida de nosso plano.
Recebi (e agradeci ao Dr. Fernández del Riego) as separatas de Grial com minha conferência em Vigo, mais não chegou ainda o nº dedicado a Luis Seoane, que aguardo com muito interesse.
Naturalmente li com alvoroço o próximo projeto do encontro galego-luso-brasileiro a ser organizado na Galiza e a idéia de minha eventual participação encanta-me. Devo confessar que para tal não me vejo qualificado, nem representante possível de qualquer entidade: mas se o seu engenho e a sua amizade encontrarem um pretexto honroso para a minha presença, iria honrado e procuraria não decepcioná-lo. Estou pensando numa palestra, p. ex. sobre «O português idioma universal no espelho da tradução».
Respondendo à pergunta de seu cartão postal confirmo que Carlos Drummond de Andrade esteve há algum tempo na Argentina, para assistir a melindrosa operação da filha Maria Julieta, diretora do Instituto Brasil-Argentina. Ela está fora de perigo, mas ao voltar, talvez de emoção, o próprio Drummond adoeceu de um herpes zoster. Espero que já se tenha restabelecido. Nessas circunstâncias não me parece provável que ele se decida a viajar, mas sempre vale a pena tentar. Seria feliz de ir com ele.
Com minhas lembranças respeitosas e as saudações cordiais de Nora para D. Pilar, aceite, querido Amigo, um abraço afetuosos de seu fiel


[Paulo]

1982-02-03 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1982
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1982 en 03/02/1982

Sítio Pois é, 3 de fevereiro de 1982


Querido Amigo,

Tenho em mão o nº 73 de Grial, com a sua generosa resenha de Não perca o seu Latim, pela qual lhe sou sinceramente grato. No mesmo número li também o seu excelente artigo sobre o último livro de Drummond. Já mandou um exemplar ao poeta? Ele haveria de ficar muito satisfeito com a sua manifestação.
Espero que o Senhor e D. Pilar tenham começado bem o ano de 1982; como sempre, faço votos, para que este ano os traga de volta ao Brasil.
O nosso ano de 1981 finou de maneira muito feliz e pitoresca: nossa filha Laura, que viera de Nova Iorque passar as férias conosco, casou-se aqui no sítio em 3 de dezembro com o jovem pintor porto-alegrense André Porto. Entre dois meses de chuvas foi esse o único dia de sol, para alegria dos convidados: a cerimônia pôde ser realizada na varanda da nossa casa. O jovem casal já voltou aos EE.UU. para continuar os estudos (Laura em nível de pós-graduação).
Essa é a nossa maior novidade. De resto vamos indo dentro da nossa rotina sossegada.
Aceite um abraço cordial, com meus respeitos para D. Pilar.

[Engadido a man:] Cordialmente seu


Paulo Rónai

1983-06-10 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1983
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1983 en 10/06/1983

Sítio Pois é, 10 de junho de 1983


Caro Valentín,

Duas palavras apenas para dizer-lhe que recebi a sua amável carta de 17 de maio. Já tinha entregado a Difel a minha tradução no dia 16; graças à sua explicação pude completar o parágrafo duvidoso do discurso de Álvaro Cunqueiro e remetê-lo à editora alguns dias depois. Agradeço o auxilio de seu filho Alfonso.
Pedi a Difel que me mandassem, para revisão, as provas paginadas. Nessa ocasião entregarei o índice do livro assim como o texto das orelhas. Quanto às fotografias, você deve ter-se entendido com o Sr. Fernando Baptista da Costa.
Aguardo o seu artigo sobre os oitenta anos de Drummond. Procurarei Eduardo Portela para que o reproduza em sua revista.
De resto nada novo. Minha vida sossegada em Friburgo não tem acontecimentos afora o trabalho. De momento, estou empenhado em terminar o dicionário de citações em que trabalho há vários anos.
Aceite um abraço cordial e meus respeitos a Pilar. Nora manda-lhes lembranças afetuosas.



Paulo

1983-08-28 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1983
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1983 en 28/08/1983

Sítio Pois é, 28 de agosto de 1983


Caro Valentín,

Acabo de receber cópia de seu excelente artigo sobre Drummond. Mando-o logo para o endereço dele, depois de tirar uma cópia xerox para Eduardo Portela. (Não pude falar com Drummond, que se interna hoje numa clínica para submeter-se a uma operação. Espero que tudo corra bem ao nosso poeta ultrajovem.)
Outro ultrajovem é você, a julgar pela sua continua atividade, especialmente pelas conferências que vai fazer no curso de verão da Universidade Internacional Menendez y Pelayo -tenho a certeza de que com muito êxito.
O Sr. Fernando Baptista da Silva voltou da Europa (Portugal e Paris) e remeteu-me há dois dias as 2as provas da Galeguidade. Vou entregá-las devidamente corrigidas, no dia 1º de setembro à sucursal da Difel no Rio, juntamente com o índice e o texto das orelhas.
Fico-lhe grato pela sugestão de incluirmos contistas galegos no Mar de Histórias: Valle-Inclán, Castelao, Blanco Amor. Gostaríamos muito de fazê-lo, mas faltam-nos originais. Você poderia fornecê-los?
O estado do nosso Aurélio continua estacionário. Ele tem ainda a mesma dificuldade em escrever.
Talvez o interesse saber que a Academia Brasileira de Letras me distinguiu com o Prêmio Machado de Assis para 1983, por conjunto de obra. O mesmo prêmio já foi dado a Gilberto Freyre, Guimarães Rosa, Rachel de Queiroz, etc.; sou o primeiro brasileiro naturalizado a recebê-lo.
Com nossas recomendações, minhas e de Nora, para Pilar, aceite um abraço muito cordial do seu amigo, admirador, prefaciador e tradutor



Paulo

1983-11-16 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1983
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1983 en 16/11/1983

Sítio Pois é, 16 de novembro de 1983


Querido Valentín,

Recebi a sua carta amiga de 27 de outubro. Muito abrigado pelos seus parabéns a propósito de meu Prêmio Machado de Assis.
Neste interim chegou-me a edição brasileira da Galeguidade, feito com cuidado e bom gosto. Até agora descobri apenas uma falha: na epígrafe de meu prefácio, a frase de Lorenzo Varela: «E sempre, sempre, sempre em Galiza...» saiu assim: «E sempre...».
Quanto à organização de tardes de autógrafo no Rio e em São Paulo, ela é da competência exclusiva da editora e não depende de nenhum crítico. *
Li com alvoroço as notícias que me dá dos progressos de sua autobiografia e das conferências que tem dado; admiro cada vez mais a sua incansável energia.
Os artigos de Drummond publicados em agosto foram escritos antes da operação a que ele se submeteu; mesmo enquanto ele esteve no hospital, o jornal continuou publicando-os. Ele agora está bem; foi muito festejado por ocasião do 81 aniversário.
Em outubro, fui eu que tive de submeter-me à operação da próstata no mesmo hospital, pelo mesmo médico. Ainda me encontrava hospitalizado no Rio, quando minha casa de Friburgo foi arrombada e saqueada. Os ladrões, além de levarem muitos valores (jóias, dinheiro, roupas, armas) fizeram estragos consideráveis, que estamos consertando aos poucos. Felizmente a minha convalescência está-se processando satisfatoriamente.
Queira aceitar um abraço cordial, extensivo a D. Pilar e a seu filho.


Paulo



* Se vier ao Brasil pro essa ocasião, não deixe de incluir em seu programa alguns dias para uma visita ao Sítio Pois é (a 2h 30 do Rio de Janeiro).

1984-10-10 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1984
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1984 en 10/10/1984

Nova Friburgo, 10 de outubro de 1984


Queridos Amigos Pilar e Paz-Andrade,

Recebemos com prazer o lindo cartão que vocês nos mandaram de Sargadelos juntamente com os Diaz Pardo. Foi uma alegria saber que os bons amigos voltaram a reunir-se no lugar maravilhoso de que guardamos recordações tão belas e que nessa ocasião se lembraram de nós.
Nora e eu vamos bem, levado vida sossegada em nosso sítio. Tivemos há pouco uma grande alegria: nossa filha Laura, depois de 6 anos de estudos nos EEUU, voltou definitivamente ao Brasil junto com o marido pintor André Porto. Ela está com o título de «master» e vai procurar conseguir trabalho e colocação no Rio.
No Brasil a situação está crítica, com quase 300% de inflação por ano. Nosso amigo Drummond acaba de se despedir de seus leitores do Jornal do Brasil: vai parar de escrever crônicas. Aurélio está com as atividades limitadas pela doença. Por mim, continuo trabalhando devagar, agora sobretudo na revisão de meu Dicionário de Citações.
Recebam um abraço afetuoso de seu amigo

Paulo


Nora manda lembranças cordiais.



PS. O edifício amarelo no centro do cartão é o Colégio Anchieta, dos jesuítas, de onde Drummond foi expulso de quando jovem.

1984-11-19 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1984
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1984 en 19/11/1984

Sítio Pois é, 19 de novembro de 1984


Querido Amigo,

Como vão vocês? Estamos com muitas saudades do casal amigo. Mandem notícias.
Você encontrará anexo à presente um discurso do Prof. Luis Otávio Savassi Rocha, da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, conterrâneo de Guimarães Rosa e eminente estudioso de sua obra. Há nele oportunas referências à Galeguidade na obra de Guimarães Rosa, que devem interessá-lo. O endereço do Prof. Savassi Rocha é Rua Maranhão 1305, apto. 104, Belo Horizonte, 30000.
E, por falar em nosso livro, você gostará de saber que sua tradução me valeu o Prêmio Jabuti desse ano: é uma estátua de bronze oferecida pela Câmara Brasileira do Livro.
Depois de muita demora, acaba de sair o vol. VII de Mar de Histórias, de que já lhe mandei um exemplar.
Mais noticias daqui:
Carlos Drummond de Andrade encerrou suas atividades de cronista. Essa decisão, lamentada por seus leitores e por muitos articulistas, foi anunciada há mais de um mês numa crônica de adeus.
O nosso Aurélio continua doente, afetado que está do mal de Parkinson, que lhe dificulta escrever e até locomover-se.
A situação política do Brasil está muito inquieta por causa das próximas eleições presidenciais. O candidato do governo se vê ameaçado de perder, mas teme-se que o da oposição, se vencer, não venha a ser empossado. Enquanto isto, a inflação chegou a 300% ao ano. Nós outros tentamos viver sossegados no isolamento do nosso sítio, entre flores e bichos, e pensamos muito em você e em D. Pilar. Recebam nossas melhores lembranças e nossos abraços cordiais.



Paulo

1985-12-14 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1985
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1985 en 14/12/1985

Sítio Pois é, 14 de dezembro de 1985


Querido Amigo,

Fiquei satisfeito de saber, pela sua amável carta de 21 de agosto, que recebeu em ordem o Dicionário Universal de Citações e agradeço-lhe as considerações generosas que teceu a respeito desse livro. Felizmente, a obra, que me custou três anos de trabalho, foi bem recebida pelo público: uma segunda edição foi lançada em novembro e a Editora já está cogitando de uma terceira.
Ao mesmo temo fico-lhe especialmente obrigado pela oferta de Galiza lavra a sua imagem, livro multifacetado que interessa por tantos aspetos: literário, histórico, artístico, econômico, genético, e ao mesmo tempo possui forte unidade intrínseca. O conjunto desses dez ensaios constitui, na verdade, mais um canto de amor a Galiza. Certas páginas, especialmente as que dizem respeito à pintura galega, reavivaram a lembrança de minhas visitas aos museus de sua terra. Admiro cada vez mais a sua incansável pena.
Nesse interim deve ter-se realizado a Exposição Interacional da Pesca, presidida por seu Filho. Conhecendo a sua energia, suponho que o ajudou bastante na organização de acontecimento tão importante, colaborando eficazmente para o êxito.
Aqui não há maiores novidades. Em consequência talvez de minhas viagens a Porto Alegre e a Maceió tive em agosto algumas perturbações circulatórias, das quais porém consegui livrar-me. Passo a maior parte de meu tempo nas reedições do Dicionário de Citações.
O nosso Aurélio, infelizmente, não melhorou –mas continua trabalhando heroicamente na segunda edição do Novo Dicionário.
Drummond vai bem. Desde que não mantém mais sua seção do Jornal do Brasil, nosso contato epistolar ficou menos intenso. Há uns dois anos, no momento da crise da Editora José Olympio, seus contratos passaram para a Editora Record, que sucessivamente vai reeditando seus livros antigos, além de ter lançado dois novos.
No Brasil, a restauração democrática continua a solavancos. A situação econômica permanece grave: chegamos a uma inflação de 300% ao ano.
Com a aproximação das festas de fim de ano, Nora e eu desejamos-lhe assim coma a Pilar Feliz Natal e um ótimo 1986.



Paulo e Nora

1986-09-25 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1986
Rio de Janeiro
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1986 en 25/09/1986

Sítio Pois é, 25 de setembro de 1986


Querido amigo Valentin,

Acabo de receber a sua amável carta de 9 de setembro, acompanhada da cópia da que você escreveu ao Sr. Melchior Jahnel.
Bem que eu estava apreensivo com o seu longo silêncio e ia escrever-lhe para reclamar notícias. Agora soube com pesar o motivo do atraso; uma broncopneumonia que o manteve por longos meses doente, afastado de todas as atividades. Nora e eu ficamos penalizados e formulamos votos para que a sua convalescença seja rápida e completa. Guardamos de você a imagem de uma pessoa enérgica, ativíssima, entregue a muitas ocupações: não conseguimos imaginá-lo enfermo. Por favor, fique fiel a sua imagem.
Espero que o afeto da família, a solicitude dos amigos, assim como a concessão de distinções excepcionais de que foi alvo (a medalha de Ouro de Vigo e o Prêmio Trasalva), se não conseguiram curá-lo, pelo menos tenham suavizado o seu sofrimento.
No Brasil, tem havido mudanças importantes. Em fim de fevereiro, o governo, para pôr um paradeiro à inflação desenfreada, substituiu o cruzeiro pelo cruzado (1 cruzado valendo 1000 cruzeiros) e congelou os preços dos artigos de primeira necessidade. Essas medidas foram acolhidas com grande entusiasmo mas infelizmente estão aos poucos perdendo o impacto: começou a faltar carne, leite, ovos, etc., que só se conseguem com ágio, o que equivale a uma inflação disfarçada. Enquanto isto, os salários permanecem fixos e os impostos estão aumentando. As eleições previstas para novembro hão de mostrar se o governo continua dispondo da confiança do povo. As liberdades públicas foram restabelecidas, mas a crise econômico-financieira permanece crítica.
A nossa vida particular pouco mudou. Continuamos a viver em nosso sítio, de onde saímos cada vez menos, o que resulta num certo isolamento. Vendemos o nosso antigo apartamento de Copacabana: agora, quando descemos ao Rio, alojamo-nos em casa de nossa filha Cora. A não ser isso, fazemos poucas viagens.
Em abril fomos com um grupo de escritores a Lençóis Paulista (cidade onde existe uma rua com o meu nome) para assistir à instalação de computadores na Biblioteca Municipal Origenes Lessa (à qual costumo doar livros). Fazia parte do grupo o próprio Origenes Lessa, nosso grande amigo, que infelizmente veio a falecer semanas depois. Estava presente também o presidente da República José Sarney, e nós pudemos avaliar a sua popularidade, que no momento estava extraordinária.
Em maio, fomos a Porto Alegre: a Universidade de lá convidara-me para fazer o brinde no banquete dos 80 anos de Mauricio Rosenblatt, ex-gerente das editoras Globo e José Olympio. O banquete foi impressionante, com trezentos amigos festejando um livreiro aposentado. Visitamos também parentes e amigos que moram em Porto Alegre. A excursão teria sido ótima se um dia depois do banquete eu não tivesse sido agredido na rua por um assaltante, que me derrubou no chão com uma rasteira e roubou o dinheiro que guardava no bolso. Escapei com alguma contusões e escoriações –mas o incidente é um bom exemplo de insegurança em que atualmente vivemos no Brasil.
De volta a Friburgo, recomecei a trabalhar. A Editora Nova Fronteira, à qual tinha entregado meu dicionário francês-português e português-francês há mais de cinco anos, finalmente resolvera publicá-lo e me tinha pedido uma revisão e uma atualização. Depois disto ainda terminei o vol. IX de Mar de Histórias, que Aurélio está revendo agora. (O vol. VIII acaba de sair: daqui a pouco vou manda-lhe o seu exemplar.) Infelizmente Aurélio não vai muito bem. Ainda assim conseguiu terminar a 2ª edição, aumentada, do seu Dicionário. Quanto a Drummond, vai bem: as últimas vezes que quis visitá-lo houve desencontro, assim não nos vemos há mais de um ano. Há tempos ele interrompeu a sua colaboração regular na imprensa.
Enquanto isto, as estações se sucedem e o tempo corre num ritmo vertiginoso. Parece-me incrível que já tenham passado mais de três anos de nossa visita a Vigo, de que guardamos lembranças indeléveis.
Queira transmitir nossas lembranças cordiais a D. Pilar e aceite um abraço afetuoso de os votos de saúde de seus amigos



Paulo e Nora

1986-12-14 Mencionado/a
Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1986
Rio de Janeiro
Vigo
Orixinal Transcrición

Transcripción da epistola Carta de Paulo Ronai a Paz Andrade. 1986 en 14/12/1986

Sítio Pois é, 14 de dezembro de 1986


Querido Amigo,

Recebi a sua amável carta de 6 de novembro e dela soube com pesar que a sua saúde ainda não se restabeleceu por completo. Nora e eu custamos a imaginá-lo inativo e em descanso, e torcemos por sua rápida melhora.
Recentemente nós também ficamos com a saúde prejudicada. Enquanto eu me submeti a uma operação de hemorroidas, Nora fez extrair um pólipo. Infelizmente teve uma infecção causadora de septicemia e peritonite. Ficou um mês inteiro no hospital, depois passou 15 dias convalescente no Rio, antes de podermos voltar para cá. Agora estamos tentando recuperar-nos completamente no ambiente familiar e nos bons ares desta serra.
O mês de novembro foi ruim para nosso amigo Drummond também: teve de ser hospitalizado com uma crise de angina pectoris. Felizmente ao cabo de 10 dias pôde voltar para casa curado.
Acaba de sair a 2ª edição, ampliada e revista, do grande Dicionário de Aurélio. Saiu também, pela mesma editora, o vol. VIII de Mar de Histórias, que lhe remeti faz algum tempo. E foi publicado um romance de minha filha Cora, intitulado O Terceiro Tigre. (Até agora ela só tinha publicado livros para crianças, traduções e reportagens.)
A situação do Brasil continua difícil. A introdução do cruzado não conseguiu pôr fim a inflação. Faltam, ou só podem ser adquiridos com ágio, muitos artigos de primeira necessidade. Aguardamos impacientes uma estabilização.
Lembramo-nos sempre dos dias inesquecíveis passados na nossa querida Galiza.
Nora e eu mandamos ao querido amigo e a D. Pilar, com nossos abraços afetuosos, nossos melhores votos de feliz Natal e Ano BOM

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Paulo