18:30 horas
Presentación
Dolores Vilavedra, coordinadora da Sección de Artes Escénicas, Musicais e Audiovisuais do Consello da Cultura Galega
Carla Sofia Amado, responsable do Centro Cultural Português em Vigo. Camões, Instituto da Cooperação e da Língua, I. P.
18:45 horas
Atalhos, ou sobre o caminho mais comprido entre dois pontos (2017)
Joana Craveiro
Intérpretes: Francisco Madureira, Inês Minor, Mafalda Pereira, Tozé Cunha
Dirección: Joana Craveiro
Música: Francisco Madureira
Apoio à produção: Teatro do Vestido
Duración: 20 min
http://teatrodovestido.org/blog/
Um texto documental sobre um grupo de jovens que parte numa viagem evocativa por entre diversas notícias de jornais. Entre a sonda Curiosity, que lavra os terrenos de Marte, até a George Stinney, 12 anos, electrocutado na cadeira eléctrica na Carolina do Sul, em 1944, passando pelas mulheres que, no deserto de Atacama, escavam em busca dos restos mortais dos seus familiares feitos desaparecer pela ditadura de Pinochet. Num não-lugar de mapas imaginários, estas quatro figuras unidas pela vontade comum de encontrar respostas e fugir ao sentirem-se fora de tudo, percorrem a memória de alguns acontecimentos recentes que têm surgido nos jornais ao longo dos últimos meses/anos, para falarem deles próprios e pedirem explicações pelo que não compreendem.
É sobre tomar sempre o caminho mais longo
É sobre ir à volta em vez de ir a direito
É sobre demorar sempre mais tempo a chegar
É sobre as coisas terem um tempo
É sobre viver esse tempo até ao fim
Mesmo que parece que todos nos ultrapassaram.
Un intre antes do solpor (2015)
Ana Carreira
Intérpretes: Alba Caneda, Javier Castiñeira, Carmen Facorro e Cristian Fernández
Dirección: Nuria Montero Gullón, profesora e actriz
Duración: 20 min
Unha parella de anciáns vive os seus últimos solpores no patio dunha residencia. A Muller Vella e o Home Vello senten a nostalxia dun amor afastado, que virou en simbólicos rituais cos que se deixar enganar pola ilusión de desexo.
A dor emerxe nos xogos da memoria, na recorrencia da frustración ante a falla de expectativas de futuro ou do non cumprimento das do pasado, nas aparicións do Home Novo evocadas por unha canción que só a Muller Vella pode escoitar.
Fronte á asepsia médica da Muller Nova, o azar decide o lugar no que moverse para transgredir a orde habitual e romper o efecto patético da mágoa, para buscar a beleza a pesar da inminencia do final.
Un anaco de vida como prolepse directa da ausencia total, porque as expectativas son tan curtas que se poden tocar coa man antes de anunciarse, porque a quietude pode co movemento ata facelo imperceptible, porque na débil luz do solpor se percibe un desexo pequeno, unha intimidade pequena, un rastro de pudor que aínda reflicte vida.
19:45 horas
Debate
Modera: Afonso Becerra
Joana Craveiro e Ana Carreira
20:30 horas
Peche do acto
CURRÍCULOS DAS CREADORAS
Joana Craveiro é encenadora, actriz, dramaturga. Fundadora e directora artística do Teatro do Vestido (2001-), onde dirigiu e escreveu mais de 30 criações.
Doutorada pela Roehampton University, no departamento de teatro e estudos performativos, com a tese-espectáculo Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas (prémio do público do Festival de Teatro de Almada 2015/ Nomeado para melhor espectáculo SPA/2015). Mestre em Encenação pela Royal Scottish Academy of Music and Drama; licenciada em Antropologia pela Universidade Nova de Lisboa; formação como actriz pela Escola Superior de Teatro e Cinema (antigo Conservatório Nacional).
Aprofundou os seus processos colaborativos com os Goat Island e os Every House has a Door, na School of the Art Institute of Chicago. Aprendeu sobre o devising – que já fazia, mas a que não dava esse nome – com Alexander Kelly, dos Third Angel, no Programa Gulbenkian de Criatividade e Criação Artística. Foi também aí que consolidou o seu trabalho autobiográfico. A relação entre os acontecimentos históricos e as suas representações no presente, bem como a recolha de memórias e histórias de vidas, e as cartografias poéticas e afectivas das cidades são algumas das questões a partir das quais tem trabalhado e investigado.
É professora adjunta no departamento de Teatro da Escola Superior de Artes e Design, das Caldas da Rainha (ESAD.CR), e investigadora associada do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (IHC/NOVA). Participa regularmente em inúmeras conferências nacionais e internacionais, onde é convidada a falar acerca do seu trabalho sobre teatro e memória.
Foi nomeada por Elas também estiveram lá, para o Prémio SPA/ Melhor Texto Português Representado, 2018. Editou em 2019 Margem, texto que escreveu para o espectáculo homónimo de Victor Hugo Pontes (Prémio SPA/ Melhor Coreografia, 2018). Viajantes Solitários foi apresentado sob forma de leitura encenada no Festival d’ Avignon, em 2018. Em 2019 encenou Retornos, Exílios e Alguns que Ficaram com actores franceses no Panta Thêatre, em Caen, inserido em Écrire et Mettre en Scène: le Théâtre Portugais.
Ana María Carreira Varela é titulada superior en Arte Dramática na especialidade de Dirección Escénica e Dramaturxia pola ESAD de Galicia, entra en contacto co mundo teatral da man de Achádego Teatro e da Aula de Teatro da USC. Complementa estas experiencias cunha ampla formación tanto no eido da interpretación como na narración oral e a dramaturxia.
Como actriz participou en espectáculos de Ubú Teatro (compañía da que é cofundadora) e EscénaTe. Como narradora oral posúe unha extensa experiencia en moi diversos ámbitos: festivais e ciclos de narración oral, programas de televisión, campañas escolares, itinerarios culturais, campañas de animación á lectura e rutas literarias, como a da novela A praia dos afogados, organizada pola Editorial Galaxia.
Posúe unha grande experiencia como pedagoga teatral en diversos CEIPS, IES e centros socioculturais. Tamén exerce a docencia sobre narración oral no Centro de Interpretación da Oralidade de Vigo, dependente do Concello de Vigo.
No ano 2014 recibe o premio Varela Buxán de Dramaturxia, pola súa peza Un intre antes do solpor. No 2017 foi finalista do Premio Diario Cultural de Teatro Radiofónico pola peza Veos. No 2018 foi nominada ao premio María Casares de mellor texto orixinal por Resaca de Il Maquinario Teatro.
Traballou tamén con compañías como Vía 6, Limiar Teatro, Il Maquinario Teatro e Galeatro. Na actualidade combina a súa faceta de narradora oral coa de dramaturga e é membro de Ubú Teatro.